2005/02/25

Do viver assim

Não tem sido fácil viver de pouquinhos... mas eu não quero me perder novamente no mundo das idealizações que não me levam a nada. Tenho tentado me encontrar nos cantos do dia, na ordinariedade das coisas... nas frestas, nos cacos do espelho... não, não tem sido tarefa fácil me desvencilhar de saudades e arrependimentos, para seguir ao encontro de algo que sei ser melhor, que sei me fará entender o por quê dessa confusão... Questiono a razão de ter de me espetar com espinhos para poder sentir o aroma da flor mais de perto. Acho que seria melhor isso de longe, de fora... Mas não, sempre quero chegar perto, e me arriscar, e tudo mais...
Faz frio, e o vento arrepia-me. Mas sinto, vezenquando, um bafo quente ao pescoço, algo que me aquece e conforta por pouco tempo... não, não quero isso, não quero assim...
Quero um abraço que me envolva e aqueça por definitivo. Um sussurrar que me conforte. Uma mão que eu possa segurar. Mas é triste consentir com meu coração espalhado por aí, a pele gélida, a boca seca.
Quero encontrar, nos pontos de interrogação, as respostas do que questiono tanto... Não sei até quando devo... Limito-me. E isso vai machucando aos pouquinhos... e mais uma vez grito, mas só ouço ecos. Ecos chorosos de algo perdido, do coração. Então conformo-me. eu. perdida. em lugar algum. À espera

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