2005/03/22


Do pôr-do-sol, do silêncio e do que não gosto

Foto: Helena Maria Milheiro - Mulher

A vida tem me mostrado interrogações que eu já sabia que um dia iriam aparecer, mas não as respostas... que sei onde encontrar. Mas receio de que sejam somente nãos. Então espero, respiro dúvidas e silencio. Não sei até quando viver assim... Acho bela essa ação de viver o que tenho agora. Mas gosto de pensar adiante, gosto de tentar ver um pouco mais além, ainda que esse adiantamento me cause tristeza, não sendo o que esperava. Por agora, é belo esse pôr-do-sol, mas não me diz muita coisa... Apenas que a noite se aproxima, e com ela o frio de que não gosto, me fazendo lembrar o abraço de que necessito... ou então das estrelas que gosto tanto, e da lua que não canso de admirar.
É infinitamente melhor a inconstância das flores, o sussurrar do vento nas tardes de impaciência e impossibilildades momentâneas, do que o silêncio dos cemitérios, a quietude dos casulos... Certo, as vezes é necessário ser quieto, mas a vida em quietude acaba tornando-se um marasmo sem sentido, uma calma aborrecedora...
E. Eu. Não. Gosto. Disso.

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