2006/04/02

En-tar-de-cer


Paulo César - Tudo imenso... sem nós

Tarde que se despede, e na boca um gosto de mudanças, de esperas. Ela se esvai, enquanto procuro qualquer lugar para refletir, até que encontre algum sentido para essas questões que agora brotam infindas da areia, do coração, dos espaços resguardados de nuncas e senões.

Lugar de se ficar sozinha, não para consentir com a solidão, mas para descobrir quais são mesmo as cores dos olhos da felicidade, do tempo de bonança, do sorriso para as simplicidades esquecidas...

A noite começa e temo-a com e seus mistérios, dúvidas e ansiedades. Ela parece desejar que não pertença a essa imensidão de descobertas que podem, por vezes, ferir. Mas, mesmo inabitável, escura, e distante da ordinariedade dos meus dias mais disformes, forço-me a anseios e quereres de permanecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário